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Construindo Produtos Inteligentes: Como Incluir Dados Desde a Concepção

Na prática, pensar em dados desde o início da construção de um produto não é complicado – mas exige estratégia. O primeiro passo é ter clareza sobre o objetivo do produto e o impacto que você quer gerar. A partir daí, você pode identificar quais dados são mais importantes para medir sucesso e direcionar decisões.


Não é só ter dados por ter, sabe?


Vou compartilhar como incluir dados na construção de produtos de forma prática, mostrando as principais frentes de dados que utilizo no meu dia a dia e como isso transforma ideias em produtos inteligentes.


1. Comece Com o Objetivo: O Que Você Quer Resolver?


Para incluir dados desde o início, você precisa de clareza sobre o problema que seu produto resolve. Sem isso, qualquer dado coletado será irrelevante. Pense:


• Qual impacto quero gerar para o usuário e para o negócio?

• Que métricas vão mostrar que estou no caminho certo?

• Quais são os sinais de que algo está funcionando ou não?


Por exemplo: se você está criando um app para organizar as finanças do cliente, o objetivo pode ser ajudar o usuário a reduzir gastos desnecessários. Nesse caso, você precisará monitorar dados de comportamento (gastos por categoria) e dados de conversão (quantos usuários definem metas financeiras).


2. Estruture os Dados com Base em Quatro Frentes


Ao longo da minha experiência, dividi os dados em quatro frentes principais. Essa abordagem ajuda a organizar a coleta e entender o que cada tipo de dado pode revelar.


1. Dados Transacionais


O que são: Dados financeiros ou operacionais, como compras, assinaturas ou pagamentos.

Por que são importantes: Eles mostram como o produto gera valor direto para o negócio e para o cliente.

Como usar: Analise esses dados para identificar quais funcionalidades estão sendo mais usadas e quais geram maior receita.


2. Dados de Comportamento


O que são: Dados que mostram como os usuários interagem com o produto (cliques, tempo gasto, ações realizadas).

Por que são importantes: Eles ajudam a entender o que funciona bem e onde os usuários estão encontrando dificuldades.

Como usar: Observe padrões de navegação ou abandono para otimizar a jornada do cliente.


3. Dados de Conversão


O que são: Informações que mostram se os usuários estão completando ações-chave, como compras ou cadastros.

Por que são importantes: Eles revelam os pontos fortes e fracos do funil de conversão.

Como usar: Identifique as etapas com maior abandono e implemente melhorias.


4. Dados de Campanha


O que são: Dados relacionados ao impacto de ações de marketing, como anúncios, e-mails ou promoções.

Por que são importantes: Eles ajudam a otimizar a aquisição de usuários e a medir o retorno das campanhas.

Como usar: Compare os resultados entre canais e mensagens para entender o que gera mais impacto.


3. Inclua Dados no Ciclo de Vida do Produto


Os dados devem fazer parte de todo o processo, desde a concepção até o lançamento e evolução do produto. Aqui está como faço isso:


Definir perguntas-chave: Antes de criar qualquer funcionalidade, pergunto:

• Como saberemos se isso está funcionando?

• Que dados serão mais importantes para medir sucesso?

• Como esses dados ajudarão na tomada de decisão?


Configurar ferramentas de coleta: Escolho ferramentas como Google Analytics, Amplitude ou soluções internas para capturar os dados mais relevantes desde o início.


Analisar e testar hipóteses: Utilizo os dados para validar se o produto está atingindo o objetivo e faço ajustes antes do lançamento completo.


Monitorar e evoluir: Crio dashboards claros para acompanhar o desempenho do produto continuamente e identificar oportunidades de melhoria.


4. Exemplo Prático: Netflix e Dados




Para ilustrar como isso funciona na prática, veja como o Netflix usa dados de forma brilhante para construir um produto que atende milhões de pessoas:


Dados Transacionais: Monitoram quais planos (básico, padrão ou premium) geram mais receita e fidelidade. Isso orienta ajustes de preços e ofertas.


Dados de Comportamento: Observam como os usuários interagem com o conteúdo, como pausar, pular ou abandonar episódios, ajudando a melhorar as recomendações.


Dados de Conversão: Analisam se os testes gratuitos estão convertendo em assinaturas pagas e identificam barreiras no funil.


Dados de Campanha: Testam mensagens de marketing, como “Nova temporada de Stranger Things”, para avaliar o que traz mais engajamento.


Com esses dados, o Netflix consegue oferecer uma experiência personalizada, ajustar estratégias rapidamente e aumentar o engajamento dos usuários.


Por Que Resolvi Compartilhar?


Trabalhar com dados mudou a forma como construo produtos. Eu acredito que incluir dados desde o início não só evita retrabalho, mas também transforma boas ideias em produtos inteligentes e impactantes. Minha meta é mostrar que dados não são complicados – eles são ferramentas poderosas para você criar produtos que realmente façam a diferença.




Lembre-se: dados não são números soltos. Eles são histórias esperando para serem interpretadas.




 
 
 

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