O “Como” é Bom, Mas o “Porquê” é Essencial na Construção de Produtos
- Nataly Paes
- 26 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Autora: Nataly Paes
No universo de produtos, é comum nos perdermos no “como fazer”: quais metodologias usar, quais ferramentas implementar ou qual o próximo passo na execução. Embora esses aspectos sejam importantes, o verdadeiro sucesso de um produto está em responder uma pergunta mais profunda e estratégica: “Por que estamos fazendo isso?”

O “porquê” dá propósito às nossas ações e alinha esforços de todas as áreas envolvidas, garantindo que o que estamos construindo gere valor real para o cliente e para o negócio.
O Valor do “Porquê” no Desenvolvimento de Produtos
De acordo com Simon Sinek, autor do best-seller “Start With Why”, “Pessoas não compram o que você faz, elas compram por que você faz.” Esse princípio pode ser diretamente aplicado à construção de produtos: se o propósito do produto não estiver claro, será difícil conectar as equipes e os clientes ao seu valor.
Enquanto o “como” é a parte operacional, o “porquê” é o que sustenta todas as decisões. Por exemplo:
•O “como”: Implementar um novo recurso em um app de finanças.
•O “porquê”: Ajudar os clientes a alcançarem segurança financeira de maneira simples e intuitiva.
Sem um “porquê”, o risco é gastar tempo e recursos criando funcionalidades que podem até funcionar bem, mas não atendem às necessidades reais dos clientes.
Fontes que Reforçam a Importância do “Porquê”
1.Jeff Bezos, CEO da Amazon:

“Se você não entende seu cliente, não pode entregar valor.”
A Amazon construiu sua reputação global ao começar sempre pelo cliente e trabalhar de trás para frente. O foco no “porquê” garante que cada decisão, do design ao marketing, esteja alinhada às necessidades do público.
2.Marty Cagan, autor de “Inspired”:

“Os melhores produtos são aqueles que resolvem problemas reais para as pessoas.”
Cagan destaca que times de produto devem ser obcecados pelo impacto, e não apenas pela entrega. Focar no “porquê” permite que as soluções criadas sejam relevantes e transformadoras.
3.Clayton Christensen, autor de “The Innovator’s Dilemma”:

Em sua teoria do “Job to Be Done”, Christensen explica que os clientes não compram produtos, mas sim soluções para seus problemas. Entender o “porquê” permite identificar qual trabalho o cliente está tentando realizar e entregar algo que realmente atenda suas expectativas.
Nataly Paes
“Por pouco tempo, me perdi no “como”. Estava tão focada em executar, em usar as metodologias certas, entregar no prazo e aplicar as melhores ferramentas, que acabei me desconectando do propósito real: o porquê de tudo isso. Foi um momento importante, porque percebi que o “como” é apenas a estrutura, enquanto o “porquê” é a essência que dá sentido ao trabalho.
Entendi que é o “porquê” que conecta as equipes, que inspira as decisões e que garante que as entregas vão além de funcionalidades. É ele que traz valor real para o cliente. E é por isso que quero que você reflita agora: qual é o seu “porquê”?
Pense no motivo que está por trás do que você está construindo. Qual problema você está realmente resolvendo? Como isso vai impactar a vida do cliente? Quando você entende o “porquê”, o caminho fica mais claro, as prioridades fazem mais sentido, e suas entregas passam a transformar, não apenas cumprir objetivos.
Nataly Paes
“Se tem algo que aprendi, é que quanto antes você descobrir o propósito por trás do que faz, mais rápido conseguirá entregar valor significativo. Não se trata de apenas entregar, mas de fazer a diferença. Então, faça essa reflexão. Porque no final, é o “porquê” que define o impacto do seu trabalho.”
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